O primeiro dia da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, foi palco de debates dominados por crises internacionais e questões climáticas. Enquanto o presidente Lula tentava centralizar as atenções na luta contra a fome, as guerras na Ucrânia e em Gaza e a iminente crise climática dividiram o foco dos líderes mundiais.
Após autorizar o uso de mísseis de longo alcance por Kiev, o presidente dos EUA, Joe Biden, reforçou o apoio à Ucrânia diante da presença de Serguei Lavrov, representante russo.
"Todos aqui deveriam apoiar a soberania ucraniana", declarou Biden. Na Europa, Berlim reiterou sua recusa em fornecer mísseis, mas prometeu enviar drones, enquanto o Reino Unido preferiu manter discrição sobre seu papel no conflito. Paralelamente, Xi Jinping alertou para um período de mudanças e instabilidade global, enquanto Biden pressionava pelo cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas.
No campo climático, a expectativa está sobre o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, que já prometeu retirar o país do Acordo de Paris. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu "concessões" para um resultado positivo na COP29, destacando que "o fracasso não é uma opção".
Lula, por sua vez, lançou oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com adesão de 82 países, incluindo a Argentina. O presidente argentino Javier Milei, no entanto, manteve uma postura fria com Lula, refletindo as tensões políticas entre os dois líderes.
Apesar das divisões, o Brasil busca promover o diálogo e ampliar a cooperação internacional, em meio a uma cúpula marcada por dilemas urgentes e complexos.
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