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Tensão no conflito Rússia-Ucrânia aumenta após decisão dos EUA sobre mísseis de longo alcance


A Rússia advertiu nesta segunda-feira (18) que, caso seja atingida por mísseis de longo alcance provenientes da Ucrânia, a responsabilidade recairá sobre quem autorizou os ataques, e não sobre Kiev. A declaração é uma resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que deu sinal verde para o uso dos mísseis fornecidos por Washington contra alvos em território russo.


Para Moscou, a medida representa uma escalada significativa no conflito. Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a autorização dos EUA pode marcar uma nova etapa perigosa, envolvendo diretamente o país no confronto. “As coordenadas dos alvos não são fornecidas pelos militares ucranianos, mas por especialistas ocidentais, o que altera fundamentalmente a natureza do envolvimento deles no conflito”, destacou.


A imprensa americana considerou a decisão de Biden como uma violação de mais uma "linha vermelha" dos EUA. O anúncio ocorre a menos de dois meses da posse do presidente eleito Donald Trump, em meio a uma situação tensa que inclui a presença de tropas norte-coreanas ao lado dos russos na guerra.


Em setembro, o presidente Vladimir Putin já havia alertado que o fornecimento de mísseis de longo alcance por países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) seria interpretado como uma participação direta na guerra. Segundo o Kremlin, ataques em território russo com esses mísseis seriam conduzidos não pela Ucrânia, mas pelos países que autorizam seu uso.


A decisão de Biden veio após um final de semana marcado por intensos bombardeios russos contra a Ucrânia e levanta preocupações em Kiev, que teme uma possível mudança na postura americana com a posse de Trump. Durante a campanha, o presidente eleito sinalizou que poderia pressionar por um cessar-fogo, mesmo que isso envolva concessões consideradas inaceitáveis para o governo ucraniano.


Moscou reforçou que qualquer negociação para encerrar os combates deve reconhecer as "novas realidades territoriais". Desde o início da guerra, a Rússia anexou as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, além da Crimeia, incorporada em 2014.

Enquanto isso, a guerra segue sem sinais de trégua, e o envolvimento ocidental aumenta o risco de uma escalada global.

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