Somente três estados brasileiros, incluindo Pernambuco, atingiram a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino médio, a fase mais desafiadora do sistema educacional. Além de Pernambuco, Goiás e Piauí também alcançaram os objetivos estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
As metas, definidas em 2005 para o período de 2007 a 2021, foram influenciadas pela pandemia de Covid-19, que adiou o objetivo de 2021 sem uma revisão oficial. Atualmente, o MEC está discutindo ajustes na fórmula de cálculo do Ideb e a criação de novas metas para os próximos anos.
Estados como Espírito Santo, Paraná, Ceará e Pará, embora com notas superiores a Piauí, não atingiram a meta estabelecida para 2021.
Os anos de 2020 e 2021 foram marcados pelo fechamento de escolas devido à pandemia, fator que, segundo especialistas, afetou negativamente o desempenho educacional dos estados.
Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram resultados abaixo das expectativas. O Rio de Janeiro, sob a gestão de Cláudio Castro, voltou à penúltima posição nacional, repetindo o desempenho de 2011. Com uma nota de 3,3, o estado ficou longe da meta de 4,6 para 2021. São Paulo alcançou 4,2, a 9ª melhor nota do país, mas ainda distante da meta de 5,1, além de apresentar uma queda em relação aos níveis pré-pandemia.
O Ideb é calculado a cada dois anos e considera as notas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a taxa de aprovação dos alunos, numa escala de 0 a 10. A média das redes estaduais brasileiras foi de 4,1, enquanto a meta era de 4,9.
O país busca melhorar o ensino médio através da reformulação do modelo educacional, aprovada em 2017 durante o governo de Michel Temer e implementada a partir de 2022. No entanto, o Novo Ensino Médio ainda não teve impacto significativo nos resultados do Ideb divulgados nesta quarta-feira, com exceção de São Paulo, que implementou o novo modelo em toda a rede estadual em 2021.
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