O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (27), às 20h30, para anunciar a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com carteira assinada que recebem até R$ 5 mil. A medida, prevista para entrar em vigor em 2026, deverá custar ao governo cerca de R$ 50 bilhões por ano e terá como contrapartida a taxação dos super-ricos.
Para financiar a isenção, o governo pretende criar um imposto mínimo sobre lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil mensais. A proposta ainda depende de aprovação no Congresso Nacional. De acordo com técnicos do governo, a medida visa garantir uma fonte de custeio específica, desvinculada do pacote de corte de gastos que também será detalhado por Haddad no pronunciamento.
Entre as ações de ajuste fiscal, o governo limitará os reajustes reais do salário mínimo a 2,5%, conforme previsto no arcabouço fiscal. Atualmente, os reajustes consideram a inflação do ano anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes. A nova regra, além de afetar o salário mínimo, impactará benefícios previdenciários e sociais, como aposentadorias, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Com duração prevista de 7 minutos e 18 segundos, o discurso de Haddad marcará uma importante etapa das estratégias econômicas do governo para equilibrar as contas públicas e promover maior justiça fiscal.
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