Mesmo com as maiores intervenções do Banco Central (BC) no câmbio desde 2020, o dólar mantém trajetória de alta nesta segunda-feira (16/12). Pela manhã, a moeda norte-americana atingiu R$ 6,09 antes de um leilão extraordinário do BC, que injetou US$ 1,627 bilhão no mercado à vista. A ação reduziu momentaneamente a cotação para R$ 6,03, mas, às 11h30, o dólar voltou a avançar, fechando o período em R$ 6,08, alta de 0,74%.
Uma segunda intervenção foi realizada entre 10h20 e 10h25, com a oferta de US$ 3 bilhões em uma operação de linha, que envolve a recompra futura da moeda. Esse tipo de medida tem como principal objetivo garantir liquidez ao mercado, em vez de alterar diretamente o valor do câmbio.
Na última sexta-feira (13/12), o BC já havia leiloado US$ 845 milhões, reforçando esforços para estabilizar a moeda. Mesmo assim, o dólar segue pressionado, influenciado por fatores externos, como a expectativa de ajustes nos juros dos Estados Unidos, e pela incerteza em relação ao cenário fiscal doméstico. As medidas do BC sinalizam a tentativa de minimizar os impactos da volatilidade cambial sobre a economia brasileira.
Commentaires