O mapa eleitoral em Pernambuco indica que a governadora Raquel Lyra conseguiu eleger 123 prefeitos aliados, número que deve ficar ainda maior caso se confirmem as vitórias de Ramos, em Paulista, e de Mirella Almeida, em Olinda, no segundo turno das eleições. Esse expressivo apoio municipal é um excelente ponto de partida para o projeto de reeleição da gestora estadual.
Partido da governadora, o PSDB, que muitos acreditavam ter decretado falência em Pernambuco, mostrou que está mais vivo do que nunca no Estado. Se em 2020 a sigla elegeu apenas cinco prefeitos, este ano foram 31. Os números são importantes, mas são frios. Mais interessante do que eles é o contexto dessa mudança: o PSDB voltou a crescer graças a Raquel Lyra, que mergulhou na articulação para tornar a sigla grande de novo.
A atenção com que Raquel tratou o PSDB e demais partidos de sua base de apoio é inversamente proporcional ao descaso com que o PSB foi tratado nos últimos meses. Sob a liderança de João Campos, o partido perdeu filiados, como o ex-governador Paulo Câmara, entre outros quadros, e amargou uma redução de 22 prefeitos eleitos no comparativo com 2020.
Muitos se fala que Raquel e João se enfrentarão em 2026. A preço de hoje, na disputa para ver quem tem envergadura de liderança estadual, o resultado das urnas do último domingo mostra que a governadora está muito à frente do prefeito.
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